17 de julho de 2015

O empregado faz a casa!





O empregado faz a casa! 
Isto vale para o bem e para o mal mas nem todas as partes interessadas chegam a ter noção de quem são os funcionários que chamam a clientela e os que a afugentam! E, afinal, é tudo tão relativo! Por isso muitas vezes vais ao café do costume e o senhor que tirava o melhor café ou a senhora que te preparava a sandocha do almoço mesmo como tu gostavas já lá não estão por um motivo qualquer e lá continuam os antipáticos e incompetentes, aqueles com quem não simpatizas, tiram mal o café e barram manteiga no teu pão com a mesma faca que cortaram um bolo com creme do cliente anterior, embora reconheças que são mais bonitos, jovens e que à frente dos patrões se desfazem em sorrisos e "repentes" de competência".
Pior é quando o mau funcionário é o próprio patrão!
O mesmo que pensa que as pessoas lá vão por causa do seu jeito especial e competência ao balcão, esse que quer à força que os funcionários o imitem para serem supra-sumos do atendimento! E muita gente que está no atendimento num cenário destes já ouviu um dia a frase dita baixinho "Venho cá depois quando o seu patrão não estiver, ok menina?!". E pronto, ficas naquele impasse, sabes porque lidas diariamente com os clientes como deves fazer as coisas mas se o patrão estiver por perto podes ter que fazer as coisas à maneira que ele, que está lá duas ou três horas por dia, entende como forma exemplar de fazer as coisas! O dilema é, o cliente é o nosso patrão - da empresa, mas o meu patrão que manda nisto tudo, me paga ao fim do mês e me pode mandar para o desemprego de forma mais directa - é outro!



No lugar dos outros:

Vou buscar a minha sandes de atum a.k.a baguete de atum na segunda-feira, a menina que lá está monta tudo direitinho, pergunta se quero cortada ao meio, embrulha em prata, põe no saco de papel, junta três guardanapos e faz uma dobra no saco para eu poder pegar.

Na quinta-feira esqueço-me do almoço e vou lá buscar outra vez uma baguete de atum, hoje está a dona, prepara a sandes, não pergunta e decide não partir ao meio, embrulha na prata - não cabe mas como já gastou aquele pedaço não vai desperdiçar, fica um canto de fora e coloca no saco de papel que com a baguete inteira não permite fazer dobra, aliás, vou para o meu posto de trabalho com a ponta da baguete juntamente com a pasta de atum e a alface a espreitar - vou com jeitinho e não deixo cair nada. Como brinde ao comer ainda reparo que o "material" foi mal distribuído e tanto trinco muito atum com pão como pão só com tomate, também reparo que só traz 1 guardanapo, enfim, também sou picuinhas com as sandes! Mas a senhora era simpática e até sabe mostrar gestos rápidos e eficientes (na mente dela) perante a funcionária que estava escondida a um canto a trincar qualquer coisa para almoçar!
Pensar na economia acima do cliente pode não ser rentável a longo prazo! E já diziam as avós, depressa e bem há pouco quem!

Quando me esquecer do almoço outra vez também vou ter que ir na hora que não estiver a patroa ou lá vou fazer papel de cliente exigente "Olhe quero uma baguete mas parta ao meio sim? E se puder pôr pelo menos dois guardanapos agradecia porque um é para agarrar a sandes e outro para limpar a beiça, ok?"





#atendimento #estacoisadoatendimento

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